TRANSPLANTADOS: Olga em discurso e Janaina e Antônio que fizeram parte do encontro

O Hospital de Amor, promoveu nos dias 24 e 25 de setembro o 1º Encontro Deixe Vivo, em parceria com o Instituto ‘Deixe Vivo’, em homenagem ao Setembro Verde, mês de conscientização sobre a doação de órgãos. O evento reuniu transplantados, profissionais de saúde e familiares, com palestras que contaram histórias de superação e alertaram sobre a importância da doação.

Para Olga Brígida Schekiera, fundadora do Instituto ‘Deixe Vivo’, o encontro tem papel educativo. Ela que também é transplantada, falou da importância do ato. “O principal mote do instituto é levar conscientização de órgãos para sociedade. Reunimos pacientes e profissionais de saúde para falar como a vida do transplantado muda para melhor após o transplante. Sou uma pessoa transplantada por duas vezes. A primeira vez aconteceu em 1980. Tive que voltar para hemodiálise por quase 7 anos. Em 2019, fiz meu segundo transplante.

Não temos que convencer, temos que oportunizar.  Hoje, 80.000 pessoas aguardam um órgão. 45% das famílias dizem não à doação por crenças ou desconhecimento da vontade do ente querido. Se você é doador, converse com sua família. Um órgão sólido pode salvar até oito vidas.”

Antônio de Catijero Mizael, 59 anos, paciente transplantado de fígado, contou sua trajetória: “Tive duas crises de hepatite, em 1998 e 2012, que resultaram em cirrose hepática e câncer. Fui atendido em Alfenas e consegui vaga em Barretos, onde realizei o transplante.”

Ele destacou a atuação da equipe médica: “A equipe do hospital foi essencial: o carinho e a competência deles fazem toda diferença. Um dia, nasci de novo. A doação dá esperança de vida. O transplante permite que o paciente tenha mais anos de vida.”

Janaina dos Santos Reis, coordenadora do transplante de fígado do Hospital de Amor, reforçou o objetivo do evento. “O encontro tem como intuito estimular a doação de órgãos. Todos os pacientes transplantados estão aqui porque alguma família disse sim. Doação de órgãos é um ato de amor.”

O 1º Encontro Deixe Vivo mostrou, por meio de experiências reais, a importância da doação de órgãos para salvar vidas e dar novas oportunidades a pacientes transplantados, reforçando a conscientização durante todo o mês de setembro e além.