Participei recentemente da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM) em Brasília. A Conferência é um espaço de diálogos para desenhar o futuro das políticas públicas para as mulheres no Brasil. E a lição que trouxe na bagagem, me ensinou que não é só, sobre ser mulher, mas sobre ser mulher e negra. No eixo de debate sobre racismo e sexismo, a escritora e ativista Carla Akotirene foi categórica: não podemos separar as lutas. Ela nos lembrou do conceito de interseccionalidade (trazido por Kimberlé Crenshaw) para entender que as opressões de raça e gênero se somam, em combater a violência e a invisibilidade. É nesse foco, que Barretos fortalece a conscientização racial com a Mobilização Pró-Saúde da População Negra (27/10), o CONNEGRO (Congresso Internacional do Negro), dias 29 e 30/10, em novembro com o 1º Fórum da Consciência Negra e outras diversas atividades do Movimento Negro. Os eventos do Mês da Consciência Negra são oportunidades de Barretos em qualificar o espaço de escuta, para a sociedade, principalmente a população negra, que tem muito a dizer e dialogar sobre sua história, vivências e objetivos. Com letramento em ação,Barretos deve garantir que o tema chegue a todas as pessoas, pois novembro não pode ser apenas o mês para vestir uma camiseta, mas, escolher ouvir e transformar essas vozes em políticas públicas que incluam a pauta como prioridade de dialogo intercultural, de equidade e plural, provocando reflexões sobre os desafios da educação antirracista.